A dor serve-se com açucar.

Resolvi jogar o meu fora hoje, mais ou menos as 10 da manhã quando os primeros raios de sol entraram no meu quarto. Ele não serve pra muita coisa, está em estado precário. Já estava apodrecendo, de tanto se desesperar e levar pancadas. Joguei o meu coração fora. Não prestava mais. Não carece de substituto, fico sem esse desgraçado. Melhor assim. Só me traz problemas, só me desobedece, sei lá. Vez ou outra até consegue me deixar encantada, mas não hoje. Qualquer dia, menos hoje. Joguei meu coração fora, que bela maravilha! Abandonei-o como se fosse um lixo em algum lugar imundo por aí que é onde ele merece ficar. Até a inspiração me voltou, e toda aquela força e revolta vieram junto. O egoísmo dessa vez conseguiu instalar-se em um dos centímetros antes habitado pelo coração. Todo o individualismo e a puta vontade de viver conseguiram um espaço também. Eles estavam querendo voltar já durante os ultimos dias, mas o coração praga que é, não os deixava ficar. E foi necessário aguardar, e ter paciencia, para uma hora perde-la. Tomei uma atitude, essa coisa de coração só me atrapalhava. Estava na hora de dar um fim nele, just like Corleone fez com quem cruzou seu caminho. Expulsei-o e atirei-o em um lugar qualquer (imundo, bem imundo). Joguei-o fora e a essas horas já deve estar morto. Sangue frio, sem arrependimentos. Caso alguém venha a culpar-me de tê-lo matado, serei indiferente. Arranquei a droga do coração de meu peito, bienvenido não era mais. Se por ventura alguém lamentar o fato, que fique de luto.

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Everybody has two sides.
The side we show the world
And the side we try to hide.
Desire can be Dark
Truth can be Elusive
Knowledge can be deadly




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