O que a gente chama de amor é apenas o álibi consolador da união de um perverso com uma puta, é somente o véu rosado que cobre o rosto assustador da solidão invencível. Vesti a carapaça do cinismo,meu coraçao é castrado, sou a dependência lamentável, a zombaria do engodo universal; Eros com uma foice enfiada na sua aljava. Amor, ísto é tudo que a gente encontrou para alienar a depressão pós-cópula, para justificar a fornicaçao, para consolidar do verdadeiro, que remodela a sua cara escrota, que sublima a sua existencia mesquinha. Bom, eu, eu o rejeito. Pratico e louvo o hedonismo mundano, ele me poupa. Ele me poupa das euforias grotescas do primeiro beijo, do primeiro telefonema. De escutar uma dúzia de vezes um simples recado, de tomar um café ,uma bebida; as reminiscências da infância, os amigos comuns, as férias, seguidas de um jantar; os escritores prediletos, o mal-estar de viver; o porquê de sair todas as noites, a primeira noite, seguida de outras mais, não ter mais nada o que dizer, foder para preencher os vazios.



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1 comment:

Yzzumo said...

Diva? Não sabia que tu tinha blog.. :s

O amor é pura ilusão, assim se resume.

Ta add. @;