Então tá, é isso aí.

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Evoluídos, capacitados, racionais, inteligentes.

E há risco de apressarmos o fim das espécies... icluindo-nos.

Nosso mundo é complexo, mas é irresistível apostar no trio poder, putaria e dinheiro. Você já cresce dentro do sistema aprendendo que esse trio é o combustível perfeito para a liberação de serotonina. E isso atinge todas instâncias: do macro ao micropoder. O dinheiro é o ícone maior de uma sociedade baseada na propriedade privada -- esse velho roubo que nutre a pança do sistema. Quem é que lembra de diretos humanos ou não, quando se fala em lucro? Já o poder, ou a posse dele, sendo o mais evidente. O poder que descamba na competição, na violência, no autoritarismo, na arrogância, no racismo, etceteras mil.
Saudável só a putaria saudável, um amor com tesão, pois o sexo que se mistura ao poder só favorece o sexo pelo sexo, a subjugação, o assédio, o estupro, o machismo, o ciúme, a possessividade. Ou o sexo que é o da "dessublimação repressiva" da sociedade contemporânea. Ou seja: você acha que tem liberdade sexual, mas na verdade sua "liberdade" é castradora, estereotipada e que rende muita grana para a indústria pornô. Amor e sexo livres, em mútua concordância, sejam quantos forem os parceiros -- e respeitemos também os solitários praticantes do "cinco contra um". E sejam quais forem as combinações... mas que prevaleca a heterossexual, senão a espécie vai para o buraco.
Nossa suposta racionalidade é estúpida ao fazer com que a competição, falsamente livre, paute nosso modo de viver. O poder deve ser diluído, a célula máxima de organização deverá ser o mínimo na estrutura de administração social: a comuna.
Chega de "socialismo" sem liberdade, de Cubas, Coréias do Norte, URSS, Chinas...Chega de "democracia" fajuta, a democracia dos poucos, aquela que mal se difarça de tão cínica e imperialista, como o grupo g-8. Chega de fascismos, nazimos, ditaduras, de esquerda e de direita... chega dessas peripécias dos governantes!
Igualdade deve ser conjugada com liberdade, com democracia direta, educação livre e igualitária para todos, sistemas de assistência social eficientes, cidades menos reféns dos automóveis e de sua fumaça escrota...projeto de longo prazo, sem dúvida. O fundamental seria resgatar a atitude dos sábios orientais, readaptá-la a nosso ambiente. Devemos começar a revolução interior, no caminho da auto-disciplina, no sentimento de ligação com o todo, na Terra sendo vista como Gaia, organismo vivo do qual somos um tipo de apêndice. Não somos o dono de tudo!
Como começar isso? Eu não vou entrar nisso agora.
Sem dúvida o momento é escroto pelo seguinte: a maioria tá satisfeita sendo gado, sendo alienado... ou tá muito fodida, ou tá pouco se fodendo, ou tá ganhando dinheiro com essa porra, ou é filho da puta mesmo, ou gosta de ser fascista porque tem orgasmo com isso.
No momento eu caio de cabeça nas zonas autônomas temporárias, me cerco de gente cabeça boa, procuro me envolver em coisas que excedam o espaço do meu umbigo. A contra cultura não é sinonimo de silêncio. Muito pelo contrário! A propaganda e a ação -- por mínimas que sejam -- vão continuar porque os conceitos estão colonizados pelos significados que favorecem o sistema. O embrutecimento de bilhões está garantido por um sistema de educação propositalmente esculachado. Eu finjo que ensino, você finje que aprende.
As únicas coisas bem socializadas são as porradas de cacetete e a miséria. Quem deforma é a estupidificação via satélite, é a manutenção do estágio zé-povo... daí que ouço um cara no ponto de ônibus, dizendo a clássica:
"Bão era no tempo da ditadura!".

então faz endurecer e senta nela...

eu tô fora.

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