Mais c'est tout ou c'est rien

Que me importam os vultos? Os vultos dizem muito mais do que uma clareira numa noite de verão... versão acabada da neblina, tonteia as vistas dos visores. Só um idiota pode ser engolido por seus olhos. Aquele que de fato vê e se esforça por nublar o mundo, acaba por chacoalhar as pedras. Os sonhos de verdade estão nas mãos. As pessoas fecharam os olhos e abriram as bocas, línguas se entrelaçaram e massas viraram moças, maçãs fizeram-se em rostos e vermelhas frutas. Aqueceram-se junto ao fogo, pois é o fogo que queimou a tristeza e a melancolia. Que hoje seja um dia e não mais outro, que hoje seja uma noite e não mais outra. Você me escuta com as mãos e eu lhe falo com a pele. Os meus pés dançam e minha mente morreu para dar lugar a minha alma. Um sopro de vida. Toquei meus lábios aos dele. Sol passageiro, vento frio. Corri estando no mesmo lugar e fiz movimentos repetitivos. Sinto a desproporção de forças, meus olhos tremem, meu coração bate forte. Após a chuva brilha um arco-iris. Ele brilha para mim, e eu brilho para ele. Não me deixe só. Sob o lastro de tragédias e maravilhas, vejo uma estrada. Quando me tornei parte da história? Sua ou não. As respostas foram feitas para quem não sabe formular perguntas. Nada é tão visível quanto a neblina. A turvidão é mais reta do que o claridão. E.T.ernidade.

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