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Vou lhe contar um segredo: Tenho medo das palavras. A muito tempo atrás, uma professora me falou que as palavras sao como pequenas sementinhas ou como o pólen das flores, umas vez jogadas no ar não há como juntá-las...
Sou vitima das palavras desde a infância. Hora sacudidora*, hora sofredora, hora exagerada, hora juiza. Em todas as ocasiões sinto a palavra como essencia de vida, minha base. Minha descrição de ser humano. Muitas vezes surge como um torpor que se apodera da minh'alma.
Em casa meu pai vivia a dizer: Quem muito fala ou diz bobagem ou acaba por mentir. Acho que foi por isso que me enrosquei nas palavras. Muitas vezes sou aquilo que os reporteres mais detestam, os monossilabos! Algumas vezes me extendo um pouco (de) mais. A unica certeza que tenho sobre tudo isso é que tenho medo das palavras. As faladas mais ainda!
Deixe-me lhe explicar que as palavras pordem ser armas letais, ou suaves e envolventes. Elas tomam formas surpreendentes e inimaginaveis. Adoçam, ferem, machucam, amenizam e podem dar esperança. As pessoas por vezes falam demais, não traduzem o que dizem e muitas vezes o desastre que causam pode ser irremediavel. Sábio aquele que deu origem ao ditado: 'Uma palavra ruim, fere mais que um tapa na cara.' Palavra errada na hora errada leva a caminhos errados. Palavras certa na hora exata tem cheiro de coisa colorida. Tenho medo de errar, prefiro os monossilabos.

*menina que roubava livros

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